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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Devaneios de um Fim de Tarde: Sobre autopiedade


Entro no Tumblr, como de costume. Deslizo pela dashboard, vendo os posts. Me deparo  então com um gif de quatro pessoas batendo em um garoto. Nos agressores, as palavras: escola, vida social, família, relacionamentos. E no agredido, “eu”, apenas. Vejo mais alguns posts. Dali a pouco, uma foto de braços cortados.

 Ok. Todo mundo tem seus dias de merda. Isso é compreensível. Você não tem que ficar bem todo dia, assim como também não é obrigado a sorrir toda hora. Você pode ter um milhão de problemas na sua vida, tudo bem. Quem sou eu para julgar, certo? Eu não sei o que acontece com você, com a sua mente. Eu não sei se você sofre bullying na escola ou se seus pais são separados. Não sei se você perdeu alguém importante ou terminou com seu namorado ou brigou com seus amigos.  Mas sinceramente, independentemente do que você esteja passando agora, você não tem que ficar com pena de si mesmo para sempre.

 Cortar seus pulsos vai resolver seu problema? Provavelmente não. Assim como chorar também não vai.Essas coisas podem até ajudar a aliviar a tensão por um momento, mas acontece que no fim a única pessoa que pode fazer as coisas realmente serem diferentes é você. Não sua mãe, seu irmão mais velho ou sua melhor amiga. Se alguma coisa está ruim, lute, se esforce e faça a situação melhorar. Se você acha que ficar sentado refletindo o porquê de tudo estar tão ruim vai resolver alguma coisa, infelizmente você está redondamente enganado. Autopiedade não vai te levar a lugar algum.

 Por favor, pare de pensar “ah, como a vida é injusta comigo”. Vou te falar uma coisa: a vida é injusta com todo mundo. É por isso que hoje uma a cada oito pessoas no mundo passa fome, que nossos pais não vivem para sempre e a primavera não dura o ano todo (Ok, obviamente esses problemas vão bem além da frase “a vida é injusta”, mas vocês entenderam o meu ponto.).  Porque a vida é essa coisa louca mesmo; um dia está tudo bem, no outro seu mundo parece estar desmoronando. O que faz a diferença é a maneira como você lida com as coisas que não são boas e com os dias em que você está para baixo.

 Em suma, tudo o que eu tenho para te dizer é isso: se você quer mudar, então vá e mude. Tome as rédeas da sua vida e faça as coisas funcionarem. Mas não fique sentindo pena de você pela sua infelicidade pra sempre e esperando que as pessoas ao seu redor façam o mesmo, porque elas não vão. Você vai ver como as coisas podem ficar melhores se você parar de cantar sua desgraça por aí.
*Ah, e se você conseguir, tente não espalhar sua autopiedade pelas redes sociais.


Obs: Sim, sim, eu sei, já faz muuuuuuito tempo que não faço um texto para o “Devaneios de um Fim de Tarde”. Me perdoem! Prometo que vou tentar escrever mais a partir de hoje. (:

Por: Marri

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