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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Devaneios de um fim de tarde: Vivendo de passado



Começo este texto com aquela frase que diz que “quem vive de passado é museu”. Sim, esta frase velha e clichê. Porém, ela realmente faz sentido. Muito sentido. Você vai ver.
O ser humano tem essa mania. Essa mania de querer viver de coisas que já passaram, de coisas já aconteceram. Ou então de querer viver aquilo que um dia poderá vir a acontecer. Temos esse grande defeito que é a tal da dificuldade de nos mantermos no aqui, no agora, no que é concreto. Parece que sempre falta algum pedaço. Nem que seja um pedaço mínimo, insignificante à primeira vista, mas que a longo prazo se torna uma cratera gigantesca dentro de nós. E aí tentamos preenchê-lo, de uma maneira ou de outra, voltando o passado ou imaginando o futuro.
Enfim, coisas que não estão aqui. Coisas que já passaram,  que já tiveram sua oportunidade de serem vividas, seu momento, seu valor. Coisas que, agora, já não deveriam nos preocupar mais.
Por que, então, é tão difícil manter nossos olhos no presente? Parece que o agora nunca está completo. A gente volta e volta no tempo, lembra e relembra e depois lembra de novo. Às vezes, coisas que não gostaríamos de ter lembrado. Ou talvez, algo tão bom que acontecera que não tem um jeito de simplesmente esquecer. Independentemente do que seja, são coisas que estão, de certa maneira, tão presentes, tão vivas em nossa memória que não podemos simplesmente ignorá-las. Coisas que não são tão simples assim de deixar pra lá.
Mesmo assim, aconselho você a tentar, por pelo menos um dia, viver o agora. Somente o agora. Curtir cada momento, cada sorriso, cada lágrima, cada coisa que você puder. Qualquer coisa. Não fique apenas remoendo o que aconteceu, ou o que poderia ter acontecido. Apenas viva. Viva o presente. Porque, sabe, a vida nos surpreende de vez em quando. Quem sabe ela não vá surpreender você hoje? Afinal, você não é um velhinho de noventa anos. Tem um mundo todo esperando por você. O passado já ficou para trás. O que vale é o aqui e o agora.  E vou te contar uma coisa: a vida vale a pena. Vale muito a pena.

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